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sábado, 23 de janeiro de 2016

Afinal, porque os protestantes não acham a palavra papa na biblia?

Apologética relâmpago – Dentre as muitas acusações feitas contra a Igreja Católica está a de que, em nenhum momento, a Bíblia faz referência à palavra “Papa”. Sendo o pontificado, portanto, uma mera invenção da Igreja Católica.
Antes de fazer uma investigação dos textos bíblicos, proponho, entretanto, uma breve explicação do significa a palavra papa. Comum à vários idiomas de origem latina, o termo tem sua origem no latim eclesiástico, que derivou seu significado do grego “papas“,  que quer dizer bispo ou patriarca, originada da palavra também grega  “pappas“, ou seja, pai. Assim, no contexto do uso católico a palavra papa é duplamente pertinente pois em sentido literal significa bispo (o Papa é o Bispo de Roma), e ao mesmo tempo conota a noção de pai espiritual. Sentido esse que, por sua vez, reflete exatamente o papel do pontífice em sua missão de liderar a Igreja de Cristo enquanto Seu vigário na terra, e apacentar as ovelhas do rebanho do Senhor.
Esclarecido este conceito, não fica difícil encontrar na Bíblia inúmeras referências dos Santos Apóstolos – explícitas ou não – à essa “paternidade espiritual” assumida por eles em suas missões de pregar o santo evangelho.  A mais nítida delas está na frase de S. Paulo:
“Porque ainda que tivessem tido dez mil pessoas a ensinar­-vos sobre Cristo, lembrem­-se que só a mim tiveram como pai espiritual; pois que fui quem vos levou a Cristo quando vos anunciei o evangelho.” – 1 Coríntios 4:15
Além desta, lemos ainda em várias passagem – como nas cartas de S. João – as saudações dirigidas às comunidades de crentes onde os apóstolos, ao se referirem aos cristãos como filhos, automaticamente atribuíam a si um papel paterno em relação àqueles aos quais escreviam. É importante lembrar, contudo, que assim como os apóstolos viam as comunidades cristãs como autenticos filhos espirtuais, os fiéis da recém-nascida Igreja de Cristo viam os santos apóstolos, desde o princípio, como verdadeiros pais espirituais.
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1 João 2:1
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.  1 João 3:18

Tendo em vista a recusa dos evangélicos de aceitarem o testemunho da história – registrada nos livros e, obviamente, a sagrada tradição apostólica – e que nitidamente atestam para a legítima existência da sucessão apostólica, me abstenho de fazer referência aos escritos patrísticos para comprovar minha argumentação. O argumento católico fica portanto, obrigatoriamente sustentado nas sagradas escritura. E quem, em sã consciência poderia honestamente contestar o que demonstrei acima?

 http://www.googlecatolico.com.br

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