Apologética relâmpago – Dentre as muitas
acusações feitas contra a Igreja Católica está a de que, em nenhum
momento, a Bíblia faz referência à palavra “Papa”. Sendo o pontificado,
portanto, uma mera invenção da Igreja Católica.
Antes de fazer uma investigação dos
textos bíblicos, proponho, entretanto, uma breve explicação do significa
a palavra papa. Comum à vários idiomas de origem latina, o termo tem
sua origem no latim eclesiástico, que derivou seu significado do grego “papas“, que quer dizer bispo ou patriarca, originada da palavra também grega “pappas“,
ou seja, pai. Assim, no contexto do uso católico a palavra papa é
duplamente pertinente pois em sentido literal significa bispo (o Papa é o
Bispo de Roma), e ao mesmo tempo conota a noção de pai espiritual.
Sentido esse que, por sua vez, reflete exatamente o papel do pontífice
em sua missão de liderar a Igreja de Cristo enquanto Seu vigário na
terra, e apacentar as ovelhas do rebanho do Senhor.
Esclarecido este conceito, não fica
difícil encontrar na Bíblia inúmeras referências dos Santos Apóstolos –
explícitas ou não – à essa “paternidade espiritual” assumida por eles em
suas missões de pregar o santo evangelho. A mais nítida delas está na
frase de S. Paulo:
“Porque ainda que tivessem tido dez mil pessoas a ensinar-vos sobre Cristo, lembrem-se que só a mim tiveram como pai espiritual; pois que fui quem vos levou a Cristo quando vos anunciei o evangelho.” – 1 Coríntios 4:15
Além desta, lemos ainda em várias
passagem – como nas cartas de S. João – as saudações dirigidas às
comunidades de crentes onde os apóstolos, ao se referirem aos cristãos
como filhos, automaticamente atribuíam a si um papel paterno em relação
àqueles aos quais escreviam. É importante lembrar, contudo, que assim
como os apóstolos viam as comunidades cristãs como autenticos filhos
espirtuais, os fiéis da recém-nascida Igreja de Cristo viam os santos
apóstolos, desde o princípio, como verdadeiros pais espirituais.
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1 João 2:1Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. 1 João 3:18
Tendo em vista a recusa dos evangélicos
de aceitarem o testemunho da história – registrada nos livros e,
obviamente, a sagrada tradição apostólica – e que nitidamente atestam
para a legítima existência da sucessão apostólica, me abstenho de fazer
referência aos escritos patrísticos para comprovar minha argumentação. O
argumento católico fica portanto, obrigatoriamente sustentado nas
sagradas escritura. E quem, em sã consciência poderia honestamente
contestar o que demonstrei acima?
http://www.googlecatolico.com.br
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